Criar uma Loja Virtual Grátis

Meus amigos espero ser bem feliz nesta nova empreitada,para tanto conto com vocês .Há muito tento entrar nesse mundo maravilhoso das comunicações ,e até unindo mais essa plastificada comunidade .

A Folha do Baloeiro foi uma iniciativa ,que sem dóvida marcou por muito tempo essa nossa nação , agora no advento do balão de plástico ,nos dá a possibilidade de brincar com nossos filhos e netos ,mostrando um caminho na arte e folclore popular .

 BATE PAPO

Vamos dar início a este cantinho onde podemos dar vasão às nossas idéias e palpites ,às  idéias e palpites tem sido motivo de nossa evolução ,sempre cabe uma melhora .

Se você tem alguma idéia, de liberdade a ela ,tenho acompanhado algumas inovações ,umas interessantes outras ilárias ,aquela de recolher o cabresto em carreteis e ao levantar o próprio balão vai tirando sem interferência de ninguém foi muito boa ,gostaria de saber o nome do criador .

Nunca vi nenhum criador querer o monopólio de sua criação isso passa a ser de utilidade do baloeiro ,como o solar é novo e por isso passivel de muita inovação .

O gas hélio já foi usado no solar e subiu lanternado ,mas não use hidrogênio que é muito perigoso por ser inflamavel e explosivo ,o gas hélio ao contrário não tem perigo mesmo exposto ao fogo .                                                                                                         

 


MINHA HISTÓRIA 2

CONTINUAÇÂO DA MINHA HISTÒRIA

 É maravilhoso viver esses momentos ,quem já nasceu dentro desse mundo novo não avalia a sorte que tem ,até eu , em fim de carreira, me sinto feliz .

Hoje recordo de quando tentava ser o mais avançado naquela época .Como eu tinha uma boa secretária eletrônica e sabia que era um ponto de referência ,até para os balógrafos ,gravava a fita de atendimentos com os lançamentos da noite ,sem dar nenhum endereço ,no máximo dava o nome da turma .

De manhã lá estavam os agradecimentos de todos que ligavam e ninguém perdeu balão .

Sempre achei prazeiroso criar novos caminhos personalisando o meu trabalho .Lembro quando na turma da União com os garotos tinhamos dificuldades de conseguir alguns materiais ,eles garotos ainda estudantes e eu ocupado no trabalho .

As buchas ainda feitas de saco com vela e cebo e nunca queria o exagero ,vamos com o tamanho necessário de bucha .Eu notava que do acender até a saida o fogo descia muito consumindo mais rápido a bucha .Um dos primeiros truques que usei foi ,depois da bucha amarrada na aranha ,com um borrifador ,borrifava a parte superior bem borrifada e num travesseiro de jornal colocava a bucha de cabeça pra baixo ,pro querosene não descer .

Na hora de acender foi interessante ver a cara de gente de outra turma quando falei pro maçariqueiro apontando ,acende só esta ponta , notei olhares de censsura e gestos apontando pra armação .

Quando acendeu só uma ponta ficou lindo de ver o fogo tomando toda parte superior iluminando o balão .

Com a guia em baixo do balão notava q1ue estava puxando antes do fogo descer ,aquilo me agradou muito .

Ainda com relação às buchas ,eu sempre dentro da carencia ,tinha desenvolvido um molde tipo careca e ainda não tinha testado ,tinha um letreiro que fiz para uma amiga e como o domingo era propício peguei os restos de bucha que achei e montei uma que se mostrou ser muito pequena .Como não tinha mais trabalhei com o que tinha ,pensei de um meio para aumentar a duração do fogo e cheguei a uma solução para o problema ,peguei papel rochedo, o laminado de alumínio e enrolei em torno da bucha e com um arame muito fino de ourives travei aquele pescoço .

O resultado foi ótimo ,foi a primeira bucha com regulagem de pressão ,na primeira o bicho refugou ,não pensei duas veses ,puxei até a mão e com um galho fino dei uma afastada no laminado e o fogo aumentou ,fui dando guia e levantou toda o letreiro sem foguetar ,saiu beleza.

Era um balão de seis metros que saindo do Encantado não chegaria ao Meier ,mas com o truque ,um amigo ,o saudoso Marcio da Colosso viu com o nome atravessando a poça dágua .

Como estou falando do passado ,vamos colocar o passado atuando atualmente ,a turma dos octogenários ainda cola papel ;

Soube que o Jorge Turco e o Edson fazem balão na bancada do Edson ,diálogo entre os dois :

-Quer que eu vire ou passe cola ,falou o Edson .

-Vira bainha que passo cola ,disse o Jorge.

-Que é isso Jorge !!!

-O que ?

-Você tá passando cola no azulejo...

São momentos hilários ,mas tenham certeza ,é a luta para se manter em pé .Encontrar meu amigo Edson é reviver momentos muito agradaveis .

Alguns trabalhos do Edson ,o que mais me tocou foi o logotipo da Folha do Baloeiro e e a subjetiva decoração do balão da T. Realengo que só se via de longe ,coisa de artista .

Há muito que se falar do Edson nesses tempos e um dos momentos que ele lembra com triteza foi  falta de sorte no encontro com a turma da Harmonia onde teve muita frustração na perda de belos trabalhos .

No balão com decoração em homenagem a S.João ,que envolvia até uma promessa e pela insistencia da turma ,foi armado com tempo duvidoso e quando estava pronto para subir desabou um temporal que arruinou todo trabalho com a perda do balão .

O Adilson ,meu amigo ,é do conhecimento da maioria que pouco sabia de balão ,no que diz respeito a confecção ,mas era um empolgado e o Toninho dizia que ele era o Xerife da turma ,pois era policial ,balão para ele era uma festa ,já o Anselmo sabia dos caminhos numa bancada .

O Edson quase desistiu de trabalhar com turma e depois de muita insistencia do Alvinho ,que sabia do seu valor ,foi pra Turma de Realengo e foi incentivado pelo Adilson e o Bolinha .

Lá foi um sucesso e nunca perderam um balão ,e as noites de Realengo eram maravilhosas . Acredito que no desenrolar desses tempos ainda teremos muito assunto sobre isso

 

                                 

Esse é um dos balões que o Edson levou pra turma da Harmonia que além da armação levaria uma cangalha,como não levou começaram a distribuir os fogos para os presentes ,como não sabiam soltar acendiam e largavam no chão ,foi um pandemônio.

O Golfier com a gondola foi um trabalho muito bom .

Foi uma turma com alguns fracassos ,veio o projeto de um pião de 24m com armação .

Quando se via o temanho da bucha já dava pra se prever maus momentos ,e com o Nelson grande acendendo ,só um pouquinho ,em baixo ninguém segurava aquele bólido que saiu rebentando tudo ,os dois belos cisnes ficaram num bolo de restos de armação .

A ERA DOS AVIÕES E PEGADINHA

Pouco depois do início da década de setenta ,dos grandes personagens do passado ,está o dos modelos de aviões ,foi o grande Amiguinho ,que conheci lá na T.Coruja na casa do seu Walter e do Valtinho ,era uma pessoa já maltratado pela vida mas que te tratava com um respeito e carinho de um pastor ,seu conhecimento de aeromodelismo era grande ,adquirido de um amigo ,que o capacitava a fazer modelos que pairavam no céu .

Fez um balão e o modelo e foi soltar com o Edson que depois de soltar viu o aparelho aparecer de volta o que o preocupou.

E também levou um pro Cachambi que foi soltado e com o mesmo sucesso descreveu um voo perfeito indo pousar na floresta da tijuca .

Seu pouso na mata foi visto e pensaram ser um avião real ,o corpo de bombeiros foi chamado para socorrer e descobriram o modelo.

Hoje estamos idosos ,mas naquela época os desbravadores estavam se despedindo deixando seu legado de conhecimentos ,depois da T. Coruja o Amiguinho ficou com o Augusto da Kombi e orientou aquele Santos Dumon que subiu do festival da Amizade também saiu aquele gigante cheio de bicos  show .Nessa galeria dos antigos lembro do Bolostra que vasava seus balões com vasadores circulares e tinha um que não recordo o nome que por algumas vezes trouxe a N.Senhora de Aparecida em recorte ,sei que era lá dos lados da penha .

Criação doida que funcionou:

Nesse tempo passado um cara teve uma idéia genial para combater os dentistas ,os caras que ficam agarrados à boca do balão ,colocou arame farpado no aro de boca .Esse cara merecia um prêmio .

MAIS FESTÍ T.A.

Manhã clara com o céu pedindo balão .Vinha chegando ,pra mais uma festa entre o céu e a terra ,mas quando ia entrando na rua que dava para o show fiquei boquiaberto com um pião de dez ou doze que puxava uma bandeira com uma baiana e seu tabuleiro taqueada ,fiquei parado para ver melhor a subida daquele balão ,achei aquilo lindo ,mais tarde sairam mais dois piões com mais paineis taqueados ,foi show .

Depois fui saber que eram da T. Pirâmide , depois disso só se viu taqueados, pra ser honesto cheguei a cansar .

O criador tinha que ser grande e arrojado ,foi coisa do Cid que sabe tudo .

O Jorge Turco sempre trabalhava com o taqueado em balões ,eram uma tradição na T. do Meier ,mas bandeira no ponto de cruz foram as primeiras que vi .

TUDO MEXE

Tinha comprado um vídeo e pegava cópias com o Deolindo ,já tinha bons vídeos ,mas minha vontade era fazer meus vídeos .

O Netinho me falou de um equipamento de vídeo portatil que estava a venda .

Com o dinheiro na mão fui pegar lá em Botafogo .

Era uma noite de sábado e tinha balão da Ouro Preto ,já com o equipamento na mão fui até em casa e dei uma rápida aprendida de como funcionava ,rapidamente fui para o lançamento com o meu rudimentar sistema .

Era a Colheita do Cafe da TOP ,sendo minha primeira filmagem .

Depois disso minha casa parecia um cinema com espectadores constantemente .

Quase todo balão que subia esperavam eu ou o Deolindo para terem imagem de seu trabalho ,mesmo sendo num sistema beta e não ter muita qualidade era um documento que todos respeitavam ,o meu acervo era bom ,não tinha tragédia ,pois eu parava de gravar sempre que se anunciava uma falha ,sempre me preocupei em não dar armas para o inimigo .

Era um compromisso que nós tinhamos com as turmas de documentar seus balãos ,era só nós dois nessa época .

Quase toda semana tinha Realengo ,os recados povoavam minha secretária ,em uma de minhas idas a São Paulo levei as fitas ,na casa do meu amigo Afonso da Turma da Barriga que sempre me hospedava quando lá ia e numa noite descobri um meio de passar filmes super oito para o vídeo ,essa fita deve estar lá por sampa com velhos balões como a galera de remos com movimento e outros balões da Turma do Meier ,ficou bom .

Também editamos uma fita com música e narrativas sobre os que subiam dando nomes das turmas ,bem didática ,essa fita roda em cópias até hoje com minha voz .

Certo dia alguém me ligou de sampa pra dizer que tinha locadora alugando fitas com narrativa minha ,tratei de acalmar o cara dizendo que eu não queria direito nenhum pra ela não se preocupar .

MELÃO MELOU

Foi instituida pelo Melão "A Boca de Ouro" para o melhor balão do ano ,cada turma deveria soltar três balões durante a temporada ,de Maio a Agosto ,todos com armação com algumas caracteristicas determinadas pelo regulamento .

Uma das primeiras a ganhar foi a Turma da Rede de Ramos co seu Luis ,ensinava graciosamente todos a fazerem redes de bojo ,em pouco tempo a maioria dos balões  eram lanternados com rede ,como ganhador do trofeu a armação das mãos soltando a pomba .

Naturalmente a foto passava de mão em mão até que alguém notou que a mão tinha seis dedos ,foi gargalhada geral ,pro Zeca prato cheio ,o shoping do meier era quase coro ,teve gente da Rede revoltada que queria tirar satisfações até comigo que noticiei a "bomba".

QUARTO OU PAIOL

O Ernesto português,verdadeiro fofoqueiro ,era muito solícito e como a Zeca precisava de gente pra montar a cangalha de morteiro incumbiu o português de montar a dita cangalha ,muito prático munido de uma serra elétrica ficou trancado num quarto para cortar o cano dos morteiros ,se ouvia o som característico da serra ,mas de repente a lâmina pegou uma bomba e o quarto virou uma bomba só ,era o tragicômico o Zeca xingando e o portuga encolhido coberto de bombas .A orelha da mãe do Ernesto deve ter estourado .

Tempos depois fomos eu e o Zeca ver na quadra da escola de samba de Cascadura ,não lembro o nome ,era a Cruz de Caravaca do Gerson do Cálice ,tinha uma cangalha no final ,como é comum sempre vamos apreciar o trabalho de entrada de rastilho ,tempo .Depois de olhar bem dava pra ver que ia sair tudo de uma vez pelo tamanho ,no que o Zeca não acreditava ,achava que seria em sequencia normal ,mas quem estupinou foi o Ernesto e no alto foi aquele espetáculo efêmero ,saiu tudo de uma vez .

E o português parecia o bobo da corte ,depois de montar uma belíssima cangalha dentro de casa que era elogiada por todos chega o momento de levar para um local mais próprio ,ai veio a triste constatação ,era maior que a janela .

Depois de muito pensar como encolher a cangalha sem conseguir chegaram a uma conclusão ,desmonta a cangalha ou arrancar a janela , optou por arrancar a janela para retirar a cangalha .

GARAGEM

Era um grande terreno onde havia uma garagem de ônibus que foi derrubada .

Lá estava sendo feita a armação da Carmen Miranda desenhada pelo mestre Ilvamar Magalhães ,quem estava fazendo era o Zé Roberto ,era mais um trabalho da Turma da Luneta .

Chega o dia do lançamento e eu estava lá ,o Beto quando me viu pediu que colocasse o balão em pé ,arrumei maçariqueiro e entreguei o balão pronto pra bojar .

O bojo era todo lanternado na linha e levava uma grande quantidade de lanternas ,balão aceso e começa a saída , pegou a antena e foi levantando tudo numa saída perfeita ,tudo no alto já saindo e uma lanterna pega fogo e o fogo vai subindo pela linha e abre fogo no bojo ,mas para sorte o Marino tinha ainda a guia na mão e sem pensar mais nada começou a puxar o balão para o terreno ,a pressão era grande ,mas deu pra arriar tudo evitando outros problemas .

EU É QUE LARGO

O grande Marino ,cabeça branca e um coração enorme ,estava sempre rindo ,mas tinha uma mania que irritava muitos da turma  .

Nos preparativos pro lançamento dos balões fazia questão de preparar as guias e quando levava pro campo a sua era separada ,mas iso tinha um sentido ,balão saindo e todas as guias acabavam ,só a do Marino continuava ,ele ria e gritava ,é comigo ,é comigo ,os outros ficavam na bronca .

O Marino teve um a parceiro de balão naquela área ,era o Alvaro dono de grande área ,dizem até do campo do Conceição ,onde soltava seus balões .

Era uma pessoa simples mas dedicado aos balões e a uma cachacinha ,geralmente estava doidão .Certa vez falou que ia tirar uma armação do cavalete com o balão subindo ,tentaram dissuadi-lo disso mas não adiantou e na hora da soltura todos ficaram alertas ,como me falou o Zequinha dos primórdios da Tom e Jerry ,o sistema de esteirinha das armações da Tom e Jerry eram cópias das do Alvaro ,como era de se esperar não conseguiu tirar a armação do cavalete .

Vi a Igreja do Bonfim que mesmo longe dava pra ver a bele igreja saindo da Água Santa .

Um dos balões que me marcou muito foi o Esqueleto que soltou do Conceição .

Chegou a ir ver balão da Tom e Jerry ,o que não era do seu habito ,mas era parceiro do Madeira que também era da caninha ,gostava das buchas de querosene e a parceria ficava perfeita .

ARTE A FERRO E FOGO

Nunca tive muita intimidade com ele ,mas o conhecia da casa do Wagner Canazarro em Campo Grande ,era o seu Ari ,me parece era lanterneiro ,e para reforçar consultei o Edson que o conheceu bem .Esse homem criou ,de sua cabeça ,sem que ninguém pedisse ,decoração da aranha de boca agora muito comum ,usando como tema a decoração do balão .

Hoje não se encontra mais entre nós mas seu legado tem sido muito aproveitado .É muito comum se ver bocas com decorações muito complicadas com milhares de soldas .

De onde menos se espera ,não era de balão ,mas desenvolveu algo de grande valor artistico e de acabamento perfeito . 

Mesmo agora, quando se dá grande enfase ao sem, fogo lembro das pesquisas no desenvolvimento das buchas e o primeiro nome que vem é o do Tvo Perereca .

Não é só pela bucha de entrada ,mas pelo desenvolovimento das antigas formadas por rolos de sacaria molhadas em parafina ,sebo ,breu e querosene ,era um coquetel hibrido .

Depois de ver a T Meier ter problemas com balões ,para ele eram as buchas ,chamava a atenção disso pro seu Júlio que não aceitava ,mas o Ivo fazia pesquisas com o algodão e sebo comparando e via serem superiores em caloria e duração .

Enquanto às outras buchas usavam vários rolos seus balões levavam rolos grandes ,dois ou três, e desapareciam chamando a atenção de todos ,foi revolucionario .Quem teve oportunidade de ver nas revoadas da Sobral deve lembrar dos seus estrelas e outros sempre diferentes .

Depois de criar as buchas de entrada soltou um balão em Tribobó cuja bucha saiu no alto ,o arame mole com o calor desceu .Foi uma gosação geral.

A passagem do mu amigo Claudio me trouxe a lembrança um fato que resultou em gosação .

Preparei um quatro folhas vasado ,preto e branco ,para levar uma bica que deveria largar pingos no alto ,mas deveria levar uma bucha a mais para acender noalto num determinado tempo .Na saída tive que tirar a gaiolinha com os pingos de prata feita pelo Ferrugem ,no alto a bica deu um bom visual ,mas com o tempo que demorou pra sair teve um desgaste de bucha e pelo meier começou a descer ,dizem que foi uma romaria nas ruas ,e no meio estava o Cludio na ansia de pegar o balão ,que a baixa altura dava um belo visual da decoração ,mas eis que na hora certa a bucha de reserva ,acionada por rastilho ,inflama ,com fogo novo sobe e todos ficam decepcionados ,até o Claudio .

Tempos depois fui ao lançamento de um fogueteiro da Coroa e encontrei o Claudio acocorado arrumando a cangalha e o Carlão em pé ao lado ,gosei ele;

-Levou o maior bolo do meu balão

-Não ,não fui não

-Carlão :foi sim ,tomou bolo kkkkkkkk .

O DIA PARA A NOITE

São naturais as dificuldades de se preparar uma armação na escuridão da noite ,é a procura de gancho pras lanternas e muitos detalhes que temos que superar .

Pensando nesses problemas comecei a me dedicar a preceber a hora do escurecer ,para preparar e soltar a armação ainda com dia claro e ver escurecer já com o balão no alto .

Balão e armação no alto sem despertar a ateção da maioriria ,rápidamente começa a escurecer e vão realçando as lanternas e a Abolição foi surpreendida com uma armação no alto . Tentem essa tática e verão como é prático e rápido ,mas tentem bem no limiar da luminosidade do dia .

ENCONTRO DO TEMPO

Estava para eceber atendimento na clínica da família quandi vi alguém que lembrava alguém , na dúvida fiquei aguardando um melhor momento para ver se estava certo .

Tudo se encaminhou e quando a enfermeira media minha pressão ele apareceu do meu lado ,foi aí que falei :

-Você é o Tana

-Sou 

Depois de mais de 20 anos encontro um dos componentes da Turma do Vento de pilares.

Dei esse nome pra turma por ver várias vezes o tempo paradinho ,tudo pronto e a rua juntando gente e entra o vento ,só aí resolviam armar ,e aí eram emoções fortes .

Foi muito bom encontrar meu amigo Tana.

NO TEMPO DA T.DA BARRIGA

Recebi em minha casa o amigo Afonso ,da T. da Barriga de S. Paulo ,me convidando pra ir visitar e participar do batismo de sua turma .

Com ele estava o grande Baixinho ,construtor nordestino grande sorvedor de cerveja ,morador de Magé ,acabei viajando com ele pra sampa ,o que gerou certa insatisfação do Murilo que me queria junto na viagem .

Fiquei sabendo depois que a T.da União também iria participar ,pra mim foi uma descoberta muito grata ver como o paulista sabe receber bem os amigos .

Levei um balão de quatro folhas com um corte reto de calculo diferente com a boca colocada com ziper ,esse balão dava o que falar ,colocado a um canto com aquela boca murcha despertava atenção de todos ,o aro estava comigo pra preparar a bucha ,para não ter que fazer aranha cruzei duas boas flexas forradas com laminado .

A festa rolou animada com uma fartura de chop muito grande ,o recinto era bem grande e muita gente estava lá ,foi festa de arromba da Turma da Barriga .

No dia seguinte ,já com uma cagalhinha de morteiros para o retinho que levei ,as atenções estavam na colocação do aro que com o carrinho encaixado ficou preso .

Soltamos da rua em frente e duas mulheres guiaram o balão ,que parecia bem maior devido ao corte ,é um cálculo matemático chato mas vale a pena ,uma das mulheres era a saudosa Sheila ,mulher do Tião .

Tempos depois fui intimado a voltar quando acabei sendo homenageado com um pião vascaino levando uma bandeira do vasco ,o que me deixou muito emocionado ,sempre fui e serei grato aos meus amigos da pauliceia .

ARARA MATUTINA

Essa Turma da Tradição que tinha o grande Marino de cabeça ia mandar a Arara .

Como sempre fazia arrumei uma companhia , estava muito frio ,e fomos ver ,lá na Água Santa  e já noite alta e nada do balão ,com tempo maravilhoso ,mas o Marino era só sorrisos quando alguém demonstrava ansiedade pedia calma .

Já se aproximava as cinco e o balão foi pro maçarico e ao clarear o dia saiu a bela Arara , depois o comentário era geral ,foi a hora que acabou o cachorro quente na barraca ,e o cabeça branca ria muito ,assim era o grande Marino .

Rir mesmo ele ria quando na saida dos balões ás guias dos outros acabava e a dele continuava na mão ,quem cortava ás guias era ele ,e também quem distribuia .

A CANGALHA DESCARTAVEL

Essa foi a idéia da TCG no festival da Amizade ,a cangalha depois de soltar cada morteiro soltava cada tubo gasto ,esse fogueteiro fazia barulho e sujava o quintal dos outros ,dizem que essa idéia foi do Wagner .

NINGUÈM PEGA

Os Festivais da Amizade tinham de tudo ,até quem tinha tanto ciúme de seu balão que não queria ve-lo em outras mãos .

Sem dúvida era um belo vasado ,mas para a crítica de todos ele preparou um dispositivo para que o balão pegasse fogo no alto ,o pior é que anunciou o que ia acontecer .

Esse rapaz ,que no momento não me ocorre o nome ,ficou muito mal visto com o pessoal .

Lembro que era de uma turma de Rocha Miranda .

FALARA 48 ENCONTREI 47

Era sexta feira e o balão subia no sábado ,encontrei com o Madeira pela manhã pra botar decoração no balão ,tinha desenhado uma e mostrei pro pra ele que gostou e seria ela a entrar no 7 X 7 .

Nós iamos pra bancada ,mas fui só pra aguardar o pontual Madeira ,mas como eu conhecia a pontualidade dele ,muito duvidosa ,depois de uma espera fui pro balão .

Pra evitar surpresas resolvi contar os gomos e constatei que tinha 47 gomos e a decoração não entraria .

É nessa hora que você entra em texte ,que fazer? A rapaziada  ficava me olhando como indagando ,e agora ?

Como tudo dependia da minha decisão não titubiei ,numa quantidade ímpar só de gomo em gomo parti para losangos e triângulos ,foi o balão da Águia da Portela ,considerado com a Pérola Negra da Amizade entre os melhores do ano .

A melhor foto de boca foi do Jorge Barbudo que estava ao meu lado enquanto orientava a guia da cangalha ,ele dizia -Vem gente esse não pinga .

VAI DE BISCOITO?

Foi um dos momentos de adaptação que não foi seguido .

Foi pelos anos oitenta que o Paulo Vovô ,da Turma Play Boy ,começou com uma idéia diferente ,botar biscoitão em balões de armação  e realmente fez alguns que saíram com esse tipo de acabamento ,e ficou interessante ,mas a idéia não pegou .

Sempre apoiei as criações do meu amigo que andou até pela pirotecnia ,como a maioria também teve saída de fogos no seu ambiente de trabalho .

A LOUCURA DO LAZER

Quando o Calinhos Carreira colocou no mercado o lazer foi uma loucura ,ele como um bom divulgador ,levava grande quantidade de sua produção e fazia grandes queimas em eventos de baloeiros e todos viam ali um show para seus fogueteiros .

Em uma de minhas idas a Sampa tive oportunidade de assistir ao lançamento de um foguteiro da Dez de Ouros ,um dos pontos altos da cangalha foi a saída de lazers ,muito show ,ali vi pela primeira vez uma saída grande dos foguetinhos ,devido ao pouco peso e pelo visual foi aprovado para fogueteiros .

Mesmo com a morte do Carreira outros pegaram os macetes , e o material continuou com grande qualidade .

UM PORTUGUES EM BANGU

Estou lembrando de um grande fogueteiro de Bangu que era bom nas cores ,O seu Braz .

O conheci através da Turma do Cristo ,era um português com muitos anos de Brasil ,mas tinha bons contatos na terra lusa de onde recebia cores prontas ,que eram apreciadissimas por quem conhecia de fogos ,sendo um nome famoso de Bangu  .

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ACREDITO TER TEMPO PRA CONTAR TUDO ACREDITEM